02 de Abril, 2019
Novos pedidos de bens de capital produzidos nos EUA caíram inesperadamente em fevereiro e as remessas ficaram inalteradas, mas os dados de janeiro foram revisados um pouco para cima. O Departamento de Comércio informou nesta terça-feira que as encomendas de bens de capital não relacionados à defesa, excluindo aeronaves, um fator observado de perto relativo a planos de negócios, caíram 0,1%, puxadas pela queda na demanda por maquinário, computadores e produtos eletrônicos.
Os dados de janeiro foram revisados levemente para cima, para mostrar que as chamadas ordens de bens de capital aumentaram 0,9% em vez de aumentarem 0,8%, como publicado anteriormente. Economistas consultados pela Reuters previam que os principais pedidos de bens de capital continuariam inalterados em fevereiro. Os principais pedidos de bens de capital aumentaram 2,6% em uma base ano a ano.
As remessas de bens de capital essenciais ficaram inalteradas em fevereiro, após um aumento de 1,0 por cento revisado para cima no mês anterior. As principais remessas de bens de capital são usadas para calcular os gastos com equipamentos na medição do produto interno bruto (PIB)do governo. Elas foram relatadas anteriormente com ganho de 0,8 por cento em janeiro. O relatório de fevereiro foi adiado por uma paralisação parcial de 35 dias do governo federal, que terminou em 25 de janeiro. E o relatório de março será publicado em 25 de abril, conforme programado.
O relatório divulgado na terça-feira veio na cola dos relatórios mistos de vendas de varejo e gastos com construção de fevereiro, bem como dos dados de inventário de janeiro, que impulsionaram as previsões do PIB para o primeiro trimestre. As estimativas de crescimento para o primeiro trimestre variam de uma taxa anualizada de 1,2% para até 2,1%. A economia cresceu a um ritmo de 2,2 por cento no quarto trimestre, com o crescimento nos gastos das empresas em equipamentos acelerando. A economia está perdendo força com o enfraquecimento do estímulo do corte de impostos de US $ 1,5 trilhão. Uma guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, a desaceleração das economias globais e a incerteza sobre a saída da Grã-Bretanha da União Européia são outros fatores que também prejudicam a atividade.
Em fevereiro, os pedidos de máquinas caíram 0,3 por cento, após subir 2,0 por cento em janeiro. As empresas de energia têm reduzido as plataformas petrolíferas que operam, apesar de uma recuperação nos preços do petróleo, para se concentrarem nos ganhos crescentes. Pedidos de computadores e produtos eletrônicos caíram 0,3 por cento. As encomendas de equipamentos elétricos, eletrodomésticos e componentes subiram 1,0 por cento em fevereiro, após o aumento de 1,3 por cento no mês anterior. Houve também aumentos nas encomendas de metais primários e de produtos de metal fabricados em fevereiro.
No panorama geral, as encomendas de bens duráveis, itens que variam de torradeiras a aeronaves com duração de três anos ou mais, caíram 1,6% em fevereiro. Isso refletiu uma queda de 4,8% na demanda por equipamentos de transporte. Os pedidos de bens duráveis ganharam 0,1% em janeiro. As encomendas de veículos motorizados e peças caíram 0,1 por cento em fevereiro. As encomendas de aeronaves “não-defesa” despencaram 31,1%, após subirem 9,2% em janeiro. A Boeing informou em seu site que recebeu apenas cinco pedidos de aeronaves em fevereiro, contra 46 em janeiro. O menor número de pedidos provavelmente não está relacionado ao acidente da Ethiopian Airlines no início de março, o que levou à aterrissagem do avião 737 MAX da Boeing.
Fiquem ligados,
Giuseppe Mazzeo
Chief Investment Officer
Andbank Advisory LLC
