25 de Abril, 2019
As encomendas de bens duráveis de longa duração registraram em março o maior aumento desde o último verão, sinalizando potencialmente uma recuperação no lado industrial da economia, que cresce mais lentamente. As encomendas de bens duráveis saltaram 2,7% no mês passado, lideradas pela forte demanda por automóveis, aviões e equipamentos de rede, informou o governo nesta quinta-feira. Economistas pesquisados pelo MarketWatch previam um aumento de 0,5%. Se carros e aviões forem retirados, os pedidos sobem 0,4%, mas ainda são sólidos. O transporte freqüentemente exagera os altos e baixos das encomendas devido à demanda irregular de um mês para o outro.
A alta de março nos principais pedidos de bens de capital, no entanto, sugere uma recuperação nos gastos das empresas nos próximos meses. Implica também alguma estabilização na atividade manufatureira, que foi pressionada pelo estímulo de um pacote de corte de impostos de US$ 1,5 trilhão e pelas interrupções na cadeia de fornecimento causadas pela guerra comercial entre Washington e a China.
O que aconteceu: Os pedidos subiram 31% para novas aeronaves comerciais, principalmente jatos da Boeing. Os pedidos podem mostrar oscilações acentuadas nos próximos meses, principalmente após o par de acidentes fatais envolvendo os jatos 737 MAX da empresa e a decisão mundial de não utilizá-los mais. As encomendas de carros novos e caminhões também subiram 2,1%. As reservas aumentaram em todas as categorias principais, exceto nos metais primários.
Além disso, uma medida fundamental do investimento empresarial, conhecida como ordens principais, também mostrou algum entusiasmo. Os pedidos subiram 1,3% em março, para marcar o terceiro aumento consecutivo. O investimento havia caído no final de 2018. Essas encomendas, que excluem aeronaves e bens militares, aumentaram pouco mais de 5% no ano passado. Enquanto isso, a queda originalmente relatada de 1,6% nas encomendas de bens duráveis em fevereiro foi revisada para um declínio de 1,1%.
Visão geral: o setor industrial ainda está em expansão, mas não tão rápida quanto no ano passado. Uma disputa comercial dos EUA contra a China, uma economia global mais fraca e um crescimento mais lento das exportações estão entre os maiores obstáculos. O crescimento pode aumentar um pouco nos próximos meses, especialmente se os EUA e a China fizerem um acordo, mas é improvável que os fabricantes igualem o desempenho do ano passado. Wall Street está observando de perto o investimento para ver se ele continua firme. Os EUA precisam de mais investimentos para manter a expansão econômica de quase 10 anos e permitir que as empresas paguem salários mais altos e beneficiem os trabalhadores.
Continuem ligados.
Giuseppe Mazzeo
Chief Investment Officer
Andbank Advisory LLC
