Melhora dos indicadores econômicas explica escolha de Paulo Guedes como ministro do ano pela revista britânica Global Markets.
Mesmo portfolios mais conservadores precisam aumentar o risco em 2020, segundo CIO do Andbank Brasil.
Em outubro do ano passado, a revista britânica Global Markets escolheu Paulo Guedes como o melhor ministro do mundo. As razões que explicam essa distinção são os vários indicadores da economia brasileira, como explica Alex Fuste, economista-chefe global do Andbank.
Fuste destaca, entre outros, o crescimento do PIB, cujas previsões vêm melhorando desde o final de 2019 e agora estão acima de 2,3%. Além disso, ele relaciona:
Entretanto, o economista-chefe global do Andbank alerta que a manutenção da alta taxa de desemprego pode provocar frustração social, “embora não vejamos esse risco em 2020”.
Fuste também se pergunta se o primeiro ano do governo do presidente Jair Bolsonaro foi um sucesso ou um fracasso. Ele começa ressaltando que as pesquisas de aprovação do presidente estabilizaram em 40% e atribui o índice às melhorias lentas, mas constantes, da economia e à aprovação da reforma da previdência pelo Congresso, reforçada por pequenos estímulos no emprego. O economista-chefe do Andbank destacou ainda:
Fuste avalia que o novo “impulso para as reformas adicionais neste ano é favorável para a economia e para os ativos financeiros”. Outros fatores positivos são:
O impacto nas alocações de ativos
O CIO do Andbank Brasil, Rodrigo Octavio Marques de Almeida, complementa a análise de Fuste, lembrando que o Congresso Nacional, apesar da pequena base de apoio de Bolsonaro, é reformista. E diz que o que “traz mais volatilidade para o mercado é o risco político”, que diminui com a agenda de reformas do ministro da Economia. “Elas precisam de consolidação fiscal, capaz de manter os juros baixos”, avalia.
Com isso, o impacto na alocação de ativos é o aumento da volatilidade em 2020, bem como a tendência de ampliar as ações e crédito estruturado nas carteiras. É por isso que o CIO do Andbank Brasil diz que “neste ano, mesmo os portfolios mais conservadores vão precisar incluir renda variável”.